A essa altura do blog creio que você já sabe que tenho um Kobo da Livraria Cultura, não é? Hein? Não sabe? Tá, não se preocupa, tá aqui um link para a resenha do meu Kobo Touch.
Depois disso, posso começar meu texto de hoje.
Recentemente percebi que não estava usando tanto o meu Kobo. Não porque enjoei dele ou qualquer coisa assim, mas porque havia comprado alguns livros físicos e estava lendo-os como qualquer pessoa lê um livro. Mas então eu parei para pensar numa coisa, eu comprei os livros porque, obviamente, queria ler e também porque suas capas ficam lindas na estante de livros. O único problema de se comprar livros físicos para ler é que eles acabam, sem querer, entortando a capa, amassando, algumas vezes pessoas que não têm tanto cuidado com livros acabam abrindo demais, o que parte a lombada do pobre coitado, ou então fazem a bendita orelhinha para marcar uma página, como se eu não tivesse um maço de marca páginas.
E, enquanto lia um livro que ganhei de aniversário ali, tal de Não Conte A Ninguém, que estou gostando muito a propósito, refleti por um momento ao ver meu Kobo ali em cima da mesa do computador. Ora, eu leio relativamente pouco em casa, tenho aquele probleminha de hiperidrose, que faz minhas mãos transpirarem como uma cachoeira quando faz calor, o que me impossibilita de ler no verão, uma vez que eu simplesmente detesto o fato de molhar as páginas de um livro lindo que comprei.
Então decidi algo que vinha remoendo na minha cabeça há meses, vou escolher os livros que estão na fila para ler, guardá-los com todo o carinho numa prateleira, para ficarem lindos, então procurar na internet por uma versão em .epub.
"Mas isso é pirataria, Wylls!" Nhé... Vamos com calma. Veja bem, eu já comprei o livro, e tenho como provar isso, logo ter uma cópia digital é completamente aceitável, considerando que eu já paguei por esse conteúdo.
De acordo com uma amiga minha, acho que todos os livros físicos que compramos deveriam vir com um código para que você tenha uma cópia digital dele. É claro que isso jamais acontecerá, já que as editoras querem lucrar o máximo possível com seus produtos, cobrando pelas cópias digitais, que demandam outro tipo de trabalho, diferente dos livros físicos. Mas ainda assim, seria uma mão na roda se isso fosse uma verdade algum dia.
Pense comigo, comprando o livro e "liberando" ele no seu e-reader, sua vida se torna mais fácil e livre de pirataria, uma vez que a portabilidade do meu Kobo é o que mais admiro nele. Posso levá-lo na minha mochila para onde quiser, para ler o que quiser, como quiser, quando quiser em apenas 180 gramas. Não preciso mais carregar o peso de 600, 800 folhas de papel e prejudicar minhas costas. Bem, bati um papo a respeito disso num dos episódios do meu podcast, e digo com toda a sinceridade que seria excelente a possibilidade de uma cópia digital na compra de um livro físico.
Mas e aí, o que você acha disso?
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